A jornalista Maria Clara Pedroso, de 33 anos, foi agredida no metrô do Rio de Janeiro no sábado (1°), durante as manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro. Ela cobrou o uso da máscara dos apoiadores em um vagão, mas acabou sendo agredida e hostilizada.
"No momento em que eu estava passando por eles, ela [a agressora] estava sem a máscara e eu já tinha falado com ela 'coloque a máscara, você está em local público'. Quando eles perceberam que eu não era a favor, que eu não pensava igual a eles, aí já começaram a zombar, a gritar, me chamar de comunista, esquerdista".
Ao jornal O Dia, a mulher afirmou que iria chamar os seguranças, mas teve o cabelo puxado pela agressora. "Ela disse que não ia colocar, que era problema dela. Eu falei para ela que ia chamar o segurança. Aí quando eu dei as costas para sair do vagão para procurar um segurança para avisar que tinha um monte de gente sem máscara, ela puxou meu cabelo", explicou.
Maria Clara disse que no meio das 400 mil mortes registradas no país, está a prima que estava grávida de 8 meses, uma tia e um tio.
"Eu acabei sendo hostilizada por uma pessoa que simplesmente debocha da dor de milhares de famílias. Perdi uma prima grávida, de 8 meses. Ela ficou duas semanas intubada. Ela e o bebê morreram. Minha tia e meu tio também. Eu fui agredida. Uma pessoa se achou no direito de puxar meu cabelo dentro do metrô porque eu pedi que colocasse a máscara, algo obrigatório", desabafou a jornalista.
Funcionários do metrô chegaram e tentaram apaziguar a situação, mas não encontraram a agressora que fugiu no meio da multidão. Testemunhas disseram ao jornal que seguranças tentaram alcançá-la, mas ela escapou.
Passageira do MetrôRio pede para manifestante colocar a máscara e acaba sendo agredida.
— Jornal O Dia (@jornalodia) May 2, 2021
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