O Ministério Público Federal de São Paulo pediu a condenação de nove ex-diretores do Banco Panamericano, acusados de crimes como gestão fraudulenta e apropriação indébita entre 2007 e 2010. Com a gestão criminosa, o banco sofreu um rombo e foi vendido à Caixa Econômica Federal.
São acusados Luiz Sebastião Sandoval, Rafael Paladino, Wilson Roberto de Aro, Marco Antônio Pereira da Silva, Cláudio Baracat Sauda, Adalberto Savioli, Antônio Carlos Quinta Carletto, Eduardo de Ávila Pinto Coelho e Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno. O pedido de condenação foi feito à 6ª Vara Federal de São Paulo.
Segundo a denúncia, os executivos fraudaram o resultado dos balanços do banco em R$ 3,8 bilhões (em valores não atualizados). Eles receberam, em bônus e pagamentos irregulares, mais de R$ 100 milhões. O banco apresentava falsos resultados positivos, mas em 2010 a fraude foi descoberta.
Além das penas de prisão, o MPF requereu a aplicação de pena de perdimento dos bens apreendidos dos nove acusados em favor da União. O objetivo é recuperar, ainda que parcialmente, o prejuízo aos cofres públicos na aquisição do banco.
Histórico
Em 2012, foram acusados 17 réus por terem recebido bônus de R$ 90 milhões por pessoas jurídicas constituídas pelos diretores para prestação de serviços ao Panamericano. Assim, o pagamento de bônus era parte de uma política da holding, sobre a qual os acusados não tinham ingerência.
Por isso, a procuradoria do MPF pediu a absolvição de parte dos acusados - Marcos Augusto Monteiro, Maurício Bonafonte dos Santos, Carlos Roberto Vilani, Elinton Bobrik, Mario Tadami Céu, Vilmar Bernardes da Costa, José Maria Corsi e João Pedro Fassina.