Motoristas homens do Uber recebem aproximadamente 7% a mais do que as mulheres, é o que diz uma pesquisa realizada em colaboração entre as universidades de Chicago a Stanford.
A análise coletou dados de mais de um milhão de motoristas dos Estados Unidos, sendo somente cerca de 27% deles mulheres, revelando que as tarifas do Uber são calculadas com um algoritmo que faz a variação de ganhos pelo gênero.
Segundo resultados do estudo, os motoristas homens são os mais propensos a dirigir em locais com maior remuneração, mais rápido e a aceitar viagens com distâncias mais curtas ou mais longas do que as mulheres.
Analisando em números, esses casos geram, aproximadamente, um ganho de US$ 21,28 por hora para homens e US$ 20,04 por hora para mulheres.
A pesquisa ainda afirma que, mesmo em um ambiente flexível, a preferência de gênero abre buracos enormes dentro desta questão.
Em defesa, o Uber diz que não há provas de que a discriminação realmente acontece, seja pelo aplicativo ou pelos motoristas, e do que está causando a diferença de ganhos entre os gêneros.
A companhia também destaca que o que está provocando o problema são fatores relacionados à experiência, velocidade e preferências de cada motorista, e que não existe uma resolução rápida para o caso.
A empresa finaliza dizendo estar disposta a implementar melhorias e a fazer mais pesquisas em parceria com outras companhias e indústrias para, então, chegar a uma solução concreta.