O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu, nesta quarta-feira (20), que a data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcada para novembro, seja adiada "de 30 a 60 dias".
"Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias", afirmou. "Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame", escreveu Weintraub em uma rede social.
A declaração do ministro ocorre um dia após o Senado aprovar o adiamento de exames de acesso ao ensino superior, entre eles o Enem, conforme o G1.
O projeto ainda precisa passar pela Câmara e, depois, ser encaminhado para sanção ou veto presidencial.
Entidades estudantis, universidades e colégios federais pedem o adiamento da avaliação, argumentando que os alunos mais pobres não têm acesso ao ensino remoto durante o período de suspensão das aulas presenciais.
Ontem, Weintrab havia afirmado que vai abrir uma consulta aos estudantes que se inscreveram no Enem para saber o que eles pensam sobre a data do exame. A consulta será feita por meio da página do participante.
"O MEC fará uma consulta, na última semana de junho, a todos os inscritos, através da “Página do Participante”, do @inep_oficial. Vamos manter a data? Adiar por 30 dias? Suspender até o fim da pandemia?", escreveu o ministro.
Por enquanto, a aplicação do Enem está mantida para novembro. Pelo cronograma inicial, a avaliação ocorrerá em:
- 1º e 8 de novembro: versão presencial
- 22 e 29 de novembro: versão digital (inédita)
O Enem recebeu, até domingo (17), 3.548.099 inscrições.