Um novo golpe tem circulado via mensagem de texto nos celulares pelo Brasil, apesar de ter perdido espaço para diversos aplicativos de mensagens instantâneas com inúmeros recursos como o WhatsApp e Telegram, o SMS (Short Message Service) segue firme e forte como o principal canal de comunicação entre empresa e consumidor quando se trata de envio automático de conteúdo.
Diante disso, golpistas valendo-se do uso de dados pessoais tem feito uma série de vítimas pelo país, gerando toda sorte de transtornos e prejuízos às pessoas mais inocentes. Um dos artifícios utilizados pelos criminosos consiste em dizer que o 'alvo' tem um benefício a receber, bastando entrar em contato pelos telefones mostrados na mensagem. Aí tem início a segunda parte do plano que pode ser coletar mais dados ou solicitar uma parte em dinheiro para poder resgatar o valor.
(Foto: reprodução/Arquivo pessoal)
Infinitas possibilidades
A criatividade do golpista é o limite e a possibilidade de 'pescar' os mais incautos é enorme. Através de um site especializado em reunir denúncias deste tipo de artifício verifica-se as mais diversas tentativas de ludibriar vítimas de todo o país.
"Confirmar sempre diretamente com a fonte a informação, bloquear o remetente e vida que segue." é o que diz o especialista em Direito Eletrônico, Raphael Rios Chaia.
(Foto: reprodução/TeleChato)
Raphael ainda elenca algumas medidas que podem ajudar a evitar esquemas criminosos como esse, tais como:
- Use senhas para proteger seus dispositivos
Parece inacreditável, mas muitos usuários de smartphones, tablets e computadores não se dão ao trabalho de registrar senhas ou não têm paciência para digitá-las, quando querem usar seus dispositivos. Isso equivale a deixar algo valioso no banco do carro e com a porta destrancada. Nenhum ladrão resiste à ocasião. Não é uma necessidade apenas para quem tira fotos comprometedoras com o celular — fotos que acabam na Internet. É uma necessidade de proteger mensagens e documentos confidenciais.
- Crie alertas do Google
Você pode criar alertas com o seu nome, o nome do escritório e palavras-chave ligados a suas informações confidenciais. Se qualquer deles for mencionado na Internet, você recebe um alerta por e-mail. Os alertas também são úteis para se acompanhar algum tema de interesse do usuário.
- Use as redes sociais com moderação
Muitos assuntos privados caem em mãos erradas ou se tornam objeto de investigação porque as pessoas não tomam essa simples providência: ir à configuração de privacidade do Facebook para trocar o acesso público para personalizado, limitando o acesso de pessoas à página. Certifique-se de configurar a privacidade em todas as redes sociais.
Além disso, é preciso declinar o convite das redes sociais para atualizar seu perfil. Via de regra, redes sociais são um perigo constante. São altamente susceptíveis a falhas de segurança e uma fonte de provas contra o usuário, quando qualquer tipo de suspeita recai sobre ele.
- Desconecte-se do serviço ao terminar de usá-lo
Depois de se comunicar pelo Linkedin, Twitter, Facebook, MSN, Gmail ou qualquer serviço de e-mail baseado na Internet, não se esqueça de "sair" ou fazer o "logout". Isso impede que qualquer pessoa que tenha acesso a seu dispositivo — emprestado, perdido ou roubado — tenha acesso a seu conteúdo. No caso de usar um computador emprestado ou em qualquer lugar público, isso se torna especialmente importante. Mesmo que esteja atrasado ou com pressa, perca mais alguns segundos e evite um problema maior.
- Não divulgue seus dados pessoais
Não informe a sites de lojas, organizações ou pessoas seu endereço de e-mail, número de telefone ou CEP, a não ser a quem você confia. Muitas lojas vendem seu "perfil" e seus "interesses de compra". Em alguns casos, você pode optar por não fornecer essas informações.
- Criptografe seu computador
A palavra "criptografia" pode soar como uma traição à simplicidade prometida para esses procedimentos de segurança, mas é uma coisa fácil de fazer. Criptografar seu computador significa que qualquer outra pessoa precisa ter sua senha — ou chave criptográfica — para ter acesso ao conteúdo em seu disco rígido. Em um Macintosh, basta ir a “Preferências”, “Segurança”, “Filevault” e “Ativar”. Em PCs, pode-se usar, por exemplo, o Bitlocker. No caso de advogados, promotores e juízes, essa medida é indispensável.
- Ative o segundo passo de autenticação do Gmail
Essa simples medida pode tornar praticamente impossível violar suas mensagens de e-mail por alguém que tenha acesso a seu smartphone ou tablet. Para que outra pessoa tenha acesso a suas mensagens, ela precisa ter, além de seu nome de usuário e sua senha, um código que é enviado para seu telefone. A Google diz que milhões de pessoas utilizam essa ferramenta. Para qualquer outro serviço de e-mail baseado na Web, procure conhecer suas medidas extras de segurança.
- Pague em dinheiro por itens "embaraçosos"
Em muitos países, como nos EUA, todas as transações feitas por meios eletrônicos são facilmente rastreadas e o comprador é identificado. "Assim, se você é um defensor da vida saudável, mas por qualquer motivo come um hambúrguer e batatas fritas, pague em dinheiro", diz a jornalista Kashmir Hill. Pessoas importantes já tiveram problemas por causa do tipo de vídeos que alugaram nas locadoras, que pagaram por algum meio eletrônico.
- Limpe o histórico e os cookies de seu navegador
Se você não toma essa providência frequentemente, configure seu navegador para que faça isso automaticamente a cada sessão. Você também pode configurar o navegador para não registrar o histórico dos sites que visita. Existem add-ons, como o TACO, que o ajudam a reduzir o rastreamento de sua navegação.
- Use máscara de IP
Toda vez que você visita um website, deixa uma pista de sua "presença", na forma de informação de IP. Quando o proprietário do site checa sua analítica, consegue detectar essa informação. Se você não quer deixar pistas, deve usar um software que mascara seu endereço de IP.