O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), alertou, nesta segunda-feira (6), que, se o presidente Jair Bolsonaro, contrariar determinadas normas da Organização Mundial de Saúde, pode ser responsabilizado por isso.
Segundo o G1, desde que reconheceu a pandemia, a OMS passou a defender, entre outras medidas, o isolamento social. O Ministério da Saúde também orienta o isolamento, mas Bolsonaro defende o fim do "confinamento em massa" e a reabertura do comércio.
"Responsabilizado já se pode do ponto de vista das inúmeras entrevistas onde ele estimula o fim do isolamento sem nenhum embasamento científico, sem nenhum embasamento técnico. Agora, quando ele assina um decreto, quando o governo faz uma defesa formal no Supremo na linha contrária do que todos estão defendendo, do que a OMS está defendendo, é claro que, a partir daí, a situação fica muito diferente e fica muito mais concreta", afirmou Rodrigo Maia nesta segunda.
Maia disse que, quando a orientação de romper o isolamento horizontal for tornada oficial, o parlamento vai analisar e, se estivar contra as orientações da OMS, será derrubada.
Para o presidente da Câmara, diz o G1, Bolsonaro não chegará a editar algum decreto que contrarie a OMS e a ciência, mas se editar, o ato "já é uma grande responsabilização".
"Eu espero que não chegue a isso. Eu espero que ele compreenda que todos nós estamos seguindo a orientação do ministro da Saúde, mais da OMS e da ciência. Nós não podemos ir contra a ciência", completou.