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01/01/2021 11:48

Mãe leva filha a 7 médicos até descobrir síndrome rara causada pela covid-19

"Ela gritava de dor”, relembra a mãe

A família de Alice da Silva Ribeiro, 5 anos, descobriu que a menina estava com uma síndrome rara após ser infectada pelo novo coronavírus. 

A confirmação só veio um mês depois, quando a criança foi diagnosticada com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). 

Antes disso, ela chegou a ser avaliada por sete médicos, conforme contou ao G1 a mãe de Alice, Eva Vilma Santos da Silva Ribeiro,  32 anos.

Moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, a família da menina pegou Covid-19 em novembro, quando a avó materna, sem saber que estava infectada, foi passar uns dias na casa dela.

No último dia 11, um mês após a contaminação, Alice começou a apresentar um quadro de febre alta. 

Depois disso, foram várias idas aos médicos. “Ela gritava de dor”, relembra. Segundo a mãe, desde o primeiro dia em que ela apresentou os sintomas, achou que a filha tivesse com a síndrome rara, e até chegou a expor isso para o especialista, que desacreditou.

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, que é considerada rara, pode se desenvolver em pessoas de 0 a 19 anos que tiveram Covid-19 previamente, e que, inclusive, já estão curadas da doença. 

“Ninguém acreditou. Fomos a um hospital daqui da cidade, e ela ficou na enfermaria até terça-feira de manhã, quando a mandaram para a área de pediatria. Falaram que era dengue ou virose. Cortaram o antibiótico dela. Briguei, falando que precisava ser investigado. Ela tomou vários tipos de remédios”, afirma a mãe.

Com o passar dos dias, a menina foi avaliada por sete médicos, até que uma pediatra levou em consideração a suspeita, pois a mãe insistiu em mostrar a carta que falava da síndrome. 

“Ela conhece o médico que me deu a carta, e pediu vários exames”, conta. Somente no último dia 23, após dez dias de internação, foi confirmada a doença.
No dia seguinte, Alice já estava bem e recebeu alta. Segundo a mãe, agora, a menina está 100% curada.

“Ela ficou cinco dias sem comer nada. Foi terrível, traumatizante. Além de tudo, ela sentia dores no peito e teve uma leve anemia. Tem crianças que estão morrendo por causa disso. Eu acho que, se tivesse demorado mais, tínhamos perdido ela. Se esperasse mais dois dias, estaria sem a minha filha. Agora, estamos comemorando em dobro. Esse ano que vai vir é a vitória dela”, finaliza.

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