Célia Gomes, uma mulher negra, precisou ser internada na manhã desta terça-feira (17) em virtude de um tiro com bala de borracha feito por um Policial Militar. Todo esse episódio, em Passos, cidade no sul de Minas Gerais, aconteceu enquanto a polícia tentava prender seu filho, que era suspeito de participar de um crime de extorsão mediante sequestro.
A informação foi publicada pelo site UOL, que mostra um vídeo feito por testemunhas quando a mulher tentava se aproximar do policial, quando foi feito o disparo com balas de borracha. De acordo com a Polícia Militar, foram feitos três disparos.
Para o site nacional, a polícia informou que na última sexta-feira (13), o filho da mulher identificado como Vinicius, de 21 anos, levou um homem para receber R$ 5 mil das possíveis vítimas do crime de extorsão, mas ao serem perseguidos por uma equipe da Polícia Militar, o suspeitou tentou se esconder em sua casa.
Ainda conforme a explicação da Polícia Militar, familiares e a própria mulher teria tentado agredir os militares que estavam efetuando a prisão. Na nota, foi informado que as pessoas teriam tentado pegar as armas dos policiais.
Segundo o UOl, no víde que foi gravado por pessoas que estavam no local, Célia não teria tentado agredir o policial e indica que ela estava se aproximando do militar, quando sofreu o disparo com a bala de borracha. Após o ato, ela se amparou no que seria seu marido.
O tiro atingiu a região abdominal de Célia, encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia de Passos e passou por uma pequena cirurgia devido ao ferimento causado pelo tiro, mas seguirá internada e tem quadro estável.
Sobre o possível crime, a Polícia Civil confirmou a prisão de Vinicius e outras três pessoas que estariam envolvidos na ocorrência. "Eles poderão responder pelo crime de extorsão, sendo que um deles poderá responder, ainda, por porte ilegal de arma de fogo. Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional, onde estão à disposição da justiça", diz a nota da polícia, encaminhada ao UOL.
A defesa dos suspeitos alegou à Polícia Militar que o caso não é de extorsão, mas de cobrança de dívidas.