A dor da perda de uma filha levou Roseli Alves Nogueira, moradora de Batayporã, a criar o projeto social “Mães que Choram”. Com 52 anos e mãe de Kariny Alves Nogueira, que faleceu em novembro de 2024 aos 27 anos devido a um câncer, Roseli decidiu transformar seu luto em uma ação de apoio a outras mulheres que enfrentam a mesma tragédia.
O projeto “Mães que Choram” surge como uma forma de transformar a dor da perda em um gesto de solidariedade e apoio, oferecendo acolhimento e compreensão para mulheres que vivem uma das maiores tragédias da vida.
De acordo com informações do Nova News, o projeto busca formar um grupo de apoio para mães da cidade que perderam os filhos, criando um espaço seguro e acolhedor onde essas mães possam compartilhar as dores, trocar experiências e buscar a superação das emoções de isolamento e solidão.
A iniciativa, segundo Roseli, foi inspirada na sua filha Kariny, que sempre teve o desejo de ajudar o próximo e espalhar mensagens positivas.
“Em vez de me lamentar e me fechar no meu mundo, senti a necessidade de fazer algo que pudesse ajudar outras mães que estão passando pela mesma dor que eu”, explicou Roseli.
A psicóloga Lorena Oliveira, que tem especialização em grupos e famílias, será a responsável pelo apoio psicológico no grupo. Lorena, que já trabalhou com Kariny, aceitou fará parte da iniciativa, com o objetivo de proporcionar reflexões sobre a experiência de ser mãe e as transformações que acontecem após a perda de um filho.
"Perder um filho é perder um pedaço de nós mesmos. A ideia do projeto é dar voz às mães e buscar, juntas, caminhos para seguir em frente, mantendo as lembranças e o amor por seus filhos", afirma Lorena.
Os encontros serão realizados a cada 15 dias, com início previsto para fevereiro de 2025, em local e horário a serem definidos. Roseli, de acordo com o site, fez questão de destacar que a participação no grupo será totalmente voluntária e gratuita, sem custos para as mães interessadas.
Além disso, a iniciativa conta com o apoio da Prefeitura de Batayporã. Roseli apresentou o projeto ao prefeito Germino Roz, que acolheu a proposta e se colocou à disposição para colaborar no que for necessário.