O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não teve papas na língua para criticar o atual governo Bolsonaro e também explicar que foi vítima da 'maior mentira jurídica' praticada pelo país nos últimos anos. O político fez seu primeiro discurso após ter as condenações anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Na fala de improviso, Lula deixou claro que a "verdade apareceu" e agradeceu ao ministro Edson Fachin, do STF, por ter "cumprido o que a gente reivindicava desde 2016", esclarecendo a verdade.
O petista ficou preso por 580 dias e era acusado por corrupção e lavagem de dinheiro, mas teve condenações anuladas após julgamento do Supremo na segunda-feira (8).
Agora elegível para concorrer a presidência da república, Lula não poupou críticas ao atual presidente, Jair Bolsonaro pelo 'desgoverno' que vem fazendo no Brasil.
"Este país não tem governo, este país não cuida da economia, não cuida do emprego, não cuida do salário, não cuida da saúde, não cuida do meio ambiente, não cuida da educação, não cuida do jovem, não cuida da menina da periferia".
O ex-presidente ainda diz que torce pela punição do ex-juiz Sergio Moro, no qual teria sido responsável pela sua condenação no caso do tríplex de Guarujá. O petista criticou a atuação do ex-ministro e classificou os procuradores como uma "quadrilha" no caso da Lava Jato.
"Moro sabia que a única forma de me pegar era pela Lava Jato. Eles tinham como obsessão, queriam criar um partido político. Mas a verdade prevaleceu".
O petista ainda chamou a investigação como maior mentira jurídica. "Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história”.