Durante uma entrevista ao jornal argentino Página 12, o ex-presidente e possível candidato à presidência do Brasil em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, atacou os rivais que poderão concorrer com ele no próximo ano.
De acordo com o site UOL, embora Lula e Bolsonaro não tenham, ainda, confirmado a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, o tom do petista foi de rivalidade.
"São dois personagens muito comprometidos com a extrema-direita e, no caso de Moro, ele é um personagem perigoso: quando era juiz, ele ousou mentir em um julgamento para me condenar e me levar à prisão para impedir que eu fosse eleito presidente em 2018", afirmou Lula.
De acordo com Lula, Moro e Bolsonaro vão "lutar entre si para ver quem vai para o segundo round com o PT", em um possível segundo turno nas eleições do próximo ano.
"Não sei se é percebido na Argentina, mas aqui sou a pessoa mais censurada do planeta Terra. Qualquer candidato além do PT, que tem 1% nas pesquisas, aparece mais na televisão do que Lula, que tem 46% ou 47% dos votos", afirmou.
O ex-presidente aproveitou para falar da rejeição do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que segue subindo nas pesquisas realizadas no país, e descartou a possibilidade de não ser reconhecido como presidente caso seja eleito em 2022.
"O que vai acontecer no Brasil é um golpe democrático: uma grande maioria do povo brasileiro rejeitará Bolsonaro e elegerá um candidato progressista. Espero que seja eu. O povo brasileiro se lembra de nosso legado. Estou convencido de que vamos vencer", afirmou
O jornal argentino tratou Lula como "pré-candidato" ao governo brasileiro, além de destacar que ele é "o candidato presidencial favorito para as eleições de outubro".