A Justiça Federal de Brasília derrubou, nesta segunda-feira (26), o senador Renan Calheiros (MDB), da relatoria da CPI da Covid. Ele é pai do governador Renan Filho, de Alagoas, que pode vir a ser um dos investigados da Comissão.
A ação foi apresentada pela deputada federal Carla Zambelli, do PSL e teve os argumentos acatados pelo juiz Charles Renaud Frazão de Moraes . Ela alegou que Renan seria suspeito e poderia influenciar nos trabalhos da comissão. O senador já havia se declarado suspeito parcialmente para investigar, se fosse necessário, o governador de Alagoas.
Segundo a CNN Brasil, Renan vinha sendo apontado como favorito à relatoria da investigação por fazer parte de uma articulação de senadores independentes e de oposição que formam maioria entre os 11 parlamentares titulares da CPI. O mesmo grupo também pretende tornar Omar Aziz (PSD-AM) o presidente da comissão, enquanto Randolfe Rodrigues (Rede-AP) deve ficar na vice-presidência.
Calheiros é um aliado histórico do Partido dos Trabalhadores e, conforme entrevistas para jornais, já antecipou a culpa do crime de omissão do Governo Federal, sem que as investigações tivessem começado.
Renan Calheiros foi o grande articulador para que Dilma Rousseff mantivesse os direitos políticos mesmo tendo sofrido impeachment. A Constituição é clara ao dizer que, em caso de deposição, o cidadão perde os direitos políticos por oito anos.
‘’Além do tombo, ainda querem o coice?’’, justificou Renan Calheiros à época do impeachment da petista.
O senador Renan Calheiros, segue a CNN Brasil, foi às redes sociais para criticar a decisão.
"... a decisão é uma interferência indevida que subtrai a liberdade de atuação do Senado. Medida orquestrada pelo governo Jair Bolsonaro e antecipada por seu filho'', escreveu o senador alagoano.