A Justiça Federal de Brasília deu, nesta terça-feira (5), 72 horas para que o presidente Jair Bolsonaro explique a nomeação de Rolando Alexandre como novo diretor-geral da Polícia Federal. O pedido havia sido feito pelo Movimento Brasil Livre. 

Segundo o jornal O Tempo, um dos pontos levantados na ação é que o presidente Jair Bolsonaro escolheu um nome "alinhado a seus interesses escusos, como ficou evidenciado em seu primeiro ato após empossado" - a troca no comando da Polícia Federal do Rio, área de interesse de Bolsonaro e seus filhos.

Para o MBL, a nomeação de Rolando, que era tido como braço-direito de Alexandre Ramagem, representa uma forma do presidente burlar decisão do Supremo Tribunal Federal, já que Ramagem teve a indicação suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes. 

A decisão do juiz Francisco Alexandre Ribeiro é mais um capítulo da polêmica atribuída a Jair Bolsonaro por ter demitido o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, fato que motivou o pedido de demissão de Sérgio Moro.