O estudante de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Bernardo Martins, 20 anos, diz que foi perseguido pelo segurança de um supermercado quando comprava ingredientes para fazer um bolo e comemorar seu aniversário.
Ao site G1, o rapaz contou que foi chamado de “ladrãozinho” pelo homem e que teve dificuldades para registrar o caso, pois os policiais disseram que não era crime.
O jovem trabalha como cake designer e confeiteiro. Na última terça-feira (18), ele foi ao hipermercado Extra em São Gonçalo para comprar ingredientes para o bolo.
“Desde quando eu entrei no mercado o segurança veio atrás de mim, me seguindo a todo momento. Eu entrava em um corredor e ele vinha atrás, falando no rádio para verem na câmera se eu tinha colocado alguma coisa na minha bolsa ou nos meus bolsos. Ele falava muito alto, para me constranger. Ele queria que eu ouvisse o que ele estava falando de mim”, disse Bernardo.
Ao fim das compras, ele passou pelo caixa, chamou o gerente e explicou o que estava acontecendo. O responsável pelo estabelecimento afirmou que era impressão dele e que o segurança estava apenas fazendo o trabalho dele.
Bernardo procurou a delegacia do bairro e não conseguiu registrar o caso, pois foi informado na delegacia de que o houve não era crime.
Ainda segundo o site, ele só conseguiu fazer o registro da ocorrência quando procurou uma delegacia especializada em crimes raciais na cidade do Rio de Janeiro.
O Grupo Pão de Açúcar, que administra o hipermercado Extra, publicou uma nota em suas redes sociais e disse que quando teve conhecimento do que ocorreu acionou a loja e acabou abrindo um processo interno para apuração. O segurança foi afastado enquanto o caso continua sendo analisado.