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19/05/2019 08:30

Investimentos do governo reduzem acidentes e mortes no trânsito de Campo Grande

Dados do Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito revelam recuo de 22,33% no número de mortes no trânsito

Os investimentos do Governo de Mato Grosso do Sul no trânsito da Capital reduziram os acidentes em importantes avenidas como a Euler de Azevedo, que foi revitalizada, e a Mato Grosso, na rotatória com a avenida Nelly Martins (a chamada Via Parque), que também recebeu investimento milionário do Estado.

Os dados do Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT) revelam ainda recuo de 22,33% no número de mortes no trânsito de Campo Grande, na comparação entre 2014 e 2018. Foram 112 mortes registradas em 2014 e 87, no ano passado.

Na Euler de Azevedo, a redução de acidentes com vítimas foi de 30,77% na comparação entre 2017 a 2018. Em 2017 foram 13, contra nove no ano passado. Com R$ 17,5 milhões de investimento do Fundersul, a Euler de Azevedo teve pista duplicada, o asfalto recapeado, recebeu sinalização e muretas de contenção. As obras atenderam antigas reivindicações dos moradores da região e motoristas.

Rotatória

Já na avenida Mato Grosso com a Nelly Martins, onde o trânsito praticamente parava nos horários de pico, o tráfego passou a fluir após a intervenção, enquanto os acidentes acabaram. Em 2017 foram dois acidentes com vítimas, enquanto um ano depois não foi registrado nenhum.

Trajeto diário de servidores públicos da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público Estadual e Governo do Estado e de moradores de bairros como Carandá Bosque e Jardim Veraneio, a melhoria na rotatória também influi no trânsito de outros locais.

De acordo com o consultor em Segurança Viária da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), Victor Pavarino, o motorista que perde tempo em um engarrafamento, passa a dirigir de forma mais agressiva nos trechos seguintes para compensar o atraso.

“O benefício na rotatória foi o ordenamento. A fluidez muda o humor geral da questão de trânsito. O engarrafamento, quando você passa por ele, acaba compensando depois e dirige de forma mais agressiva”, explicou Pavarino.

De acordo com o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno, antes da intervenção, o motorista ficava, nos horários de pico, de 18 a 20 minutos praticamente parado em um trecho de aproximadamente 150 metros. Hoje, o motorista faz o trecho em menos de 5 minutos.

Com investimento de R$ 1,6 milhão do Governo do Estado, a readequação na rotatória ampliou o número de faixas de rolamento da avenida Mato Grosso, de duas para três, e colocou quatro conjuntos de semáforos equipados com controladores que organizam o tempo de duração dos sinais verde e vermelho conforme o fluxo de veículos.

Outra medida que foi importante para frear os índices de acidentes e mortes, segundo Victor Pavarino, foi a fiscalização contra o uso de bebidas alcóolicas pelos condutores. Ele chegou a acompanhar uma blitz da Polícia Militar na Capital. “Eles usam um modelo bastante arrojado. A velocidade e direção alcóolica são fatores de risco que estão sendo combatidos de forma rigorosa em Campo Grande nessa parceria entre a prefeitura e o Governo do Estado”, afirmou o consultor.

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