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31/07/2021 12:26

Incêndio na Cinemateca pode ter destruído documentos de Glauber Rocha e da Embrafilme

Pode ter sido perdido ainda o acervo da distribuidora Pandora Filmes, de André Sturm, ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo

Maior nome do Cinema Novo, parte do acervo de Glauber Rocha (1939-1981), pode estar entre as perdas do incêndio na Cinemateca Brasileira. Ex-funcionários colocam documentos do Tempo Glauber como possíveis itens destruídos.

Antigos trabalhadores do local destacam ainda que pode estar afetada ou perdida “grande parte dos arquivos de órgãos extintos do audiovisual”. 

Conforme o G1, no edifício, eles dizem, estão documentos da Embrafilme, estatal que funcionou entre 1969 e 1990, do Instituto Nacional do Cinema, entre 1966 e 1975, e do Conselho Nacional de Cinema, entre 1976 e 1990.

Eles alegam que esses documentos ficam nos depósitos climatizados do 1º andar, área mais atingida pelo fogo, que, segundo os Bombeiros, teria começado com a manutenção no ar-condicionado. Os itens foram transferidos para o local após enchente em fevereiro de 2020. 

Os ex-funcionários contam que houve essa mudança também de “parte do acervo de documentos oriundos do arquivo Tempo Glauber, do Rio de Janeiro, inclusive duplicatas da biblioteca de Glauber Rocha, e documentos da própria instituição”.

 O Tempo Glauber foi para a Cinemateca em 2011, um ano depois de adquirido da família do cineasta pelo Ministério da Cultura.

Pode ter sido perdido ainda o acervo da distribuidora Pandora Filmes, de André Sturm, ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo, que doou à Cinemateca 250 rolos com cópias de obras brasileiras e estrangeiras em 35mm.

 Além disso, o edifício guarda “matrizes e cópias de cinejornais únicos, trailers, publicidade, filmes documentais, filmes de ficção, filmes domésticos, além de elementos complementares de matrizes de longas-metragens, todos estes potencialmente únicos”, diz o grupo, chamado Trabalhadores da Cinemateca Brasileira.
 

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