O Palácio do Planalto republicou, no início da noite desta sexta-feira (24), a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Na primeira publicação, constava a assinatura do então ministro Sérgio Moro, que negou ter referendado a demissão.
Na madrugada de hoje, a primeira versão trouxe a assinatura digitalizada do ministro Sérgio Moro. Depois que ele negou que tivesse assinado, ainda que digitalmente, juristas apontaram que o presidente poderia incorrer em falsidade ideológica ao fazer constar a assinatura.
Assim que terminou o pronunciamento de defesa de Bolsonaro, por volta das 17h30 (DF), o Planalto publicou edição extra do Diário Oficial da União. Dessa vez, a demissão veio com o nome do presidente Bolsonaro e dos ministros Braga Netto, da Casa Civil e Jorge Antônio de Oliveira Francisco, da Secretaria Geral da Presidência.
Investigação.
Antes da exclusão da assinatura de Moro, a Procuradoria Geral da República já havia pedido para que o Supremo Tribunal Federal investigue as denúncias feitas por Sérgio Moro.
A PGR diz que as declarações do ex-ministro indicam cometimento de cinco crimes, entre eles a falsidade ideológica, por constar a assinatura de Moro, advocacia administrativa, coação no curso do processo, prevaricação e obstrução de Justiça.
Nome de Moro foi retirado da publicação. (Foto: Reprodução Diário Oficial da União)