O ministro do STF, Gilmar Mendes, declarou que a operação Lava-Jato é uma "organização criminosa" e que se tornou um "jogo de compadres".
Na entrevista, Mendes fez críticas pessoais, dirigidas ao procurador da República, Deltan Dallagnol.
"Por que se queria investigar Toffoli ou a mim? Por que nós fizemos algo errado? Não, porque nós representávamos algum tipo de resistência às más práticas que se desenvolviam. É uma coisa tão sórdida que fala dos porões. Onde nós fomos parar?", questionou o membro da Corte.
As críticas do ministro também vão aos órgãos fiscalizadores, tanto da Justiça quanto do Ministério Público, por exemplo o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público.
"Faltou chefia, supervisão", definiu Gilmar.
Conforme o Jornal Meia Hora, Gilmar Mendes diz que se criou no Brasil um estado paralelo:
"se a gente olhar esse episódio (do Deltan e Toffoli), para ficarmos ainda nas referências que o procurador faz. Dizer 'eu tenho uma fonte na Receita e já estou tratando do tema' significa o quê? Significa 'estou quebrando o sigilo dele'".
Questionado se o ministro Sérgio Moro faz parte do que ele chama de autoridades "deslumbradas", escreve o Meia Hora, Gilmar Mendes diz que não quer citar nomes e prefere definir a Lava Jato, em sua totalidade, como um "erro coletivo" que já tinha se manifestado em outras operações.