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02/09/2021 20:24

Ex-funcionário 'abre a boca' e revela segredos e suspeitas da família Bolsonaro

Ele diz que atuou até como babá de Jair Renan, no Rio de Janeiro

Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que trabalhou 14 anos para a família Bolsonaro, revelou segredos e suspeitas de crimes do clã presidencial. A entrevista foi dada para o Metrópoles. 

Conforme o relato de Marcelo, ele se demitiu por não receber o salário pedido. Ele contou detalhadamente tudo o que presenciou, quando atuou em quatro funções ao longo do tempo. Entre as funções que ocupou estão a campanha de 2002 para deputado, de Flávio Bolsonaro. Depois da eleição, ele ficou quatro anos lotado no gabinete do parlamentar na Assembleia fluminense. 

Ainda segundo o Metrópoles, depois da separação do presidente Bolsonaro e de Ana Cristina, em 2007, passou a ser, a pedido de Bolsonaro, uma espécie de babá de Jair Renan, filho do casal. A função terminou quando a mulher se mudou com o filho para a Europa. 

De 2014 a 2021, o ex-funcionário trabalhou como empregado doméstico de Ana Cristina em suas casas, primeiro em Resende (RJ), e nos últimos meses em Brasília.

Rachadinha

Marcelo confessa ter devolvido 80% de tudo o que recebeu no gabinete de Flávio nos quase quatro anos em que foi seu servidor na Assembleia do Rio, cerca de R$ 340 mil no total.

Santos conta que Ana Cristina é que precedeu Fabrício Queiroz no esquema das rachadinhas e que ela é que recolhia o salário dos servidores, tanto nos gabinetes de Flávio quanto do vereador Carlos Bolsonaro. 

A denúncia diz ainda que, somente depois da separação de Jair e Ana Cristina, em 2007, Flávio e Carlos teriam assumido a responsabilidade pelo recolhimento dos valores dos funcionários de seus gabinetes. 

Marcelo e Ana Cristina foram amigos e romperam

Ana Cristina 

Na versão de Marcelo, Ana Cristina, ex de Bolsonaro, formou patrimônio, de cerca de R$ 5 milhões, em 2020, usando laranjas, inclusive para a compra de mansão onde ela mora atualmente, em Brasília. 

Ana não teria alugado o imóvel, segue o denunciante, mas o comprou por meio de laranjas. A negociação teria sido feita por contrato de gaveta, a fim que eles repassassem o imóvel para o nome dela após o encerramento do financiamento. 

Marcelo conta que, inicialmente, a casa estava sendo negociada por um valor entre R$ 2,9 milhões e R$ 3,2 milhões. Ele diz não saber o valor final da transação, mas garante que, junto de Jair Renan, ouviram a advogada falando sobre a negociação.

Novamente, diz o Metrópoles, a advogada teria usado, além do financiamento em nome dos falsos proprietários, os recursos da venda de um imóvel e de reservas que ela guarda desde a época em que comandava o desvio de dinheiro dos gabinetes de Flávio e Carlos. 

Quando da separação de Ana e Bolsonaro, a ex-mulher levou Marcelo para trabalhar no escritório de Cristina. Nessa ocasião, o hoje presidente pediu para que ele morasse com a mãe do filho caçula, Jair Renan, com nove anos. Ele atuou como empregado doméstico e babá de Renan. 

Em 2009, mãe e filho foram para a Noruega. A amizade do ex-funcionário com Ana Cristina era tamanha, que ele foi visita-la na Europa. 

Em 2014, Ana voltou ao Brasil e chamou Marcelo para trabalhar novamente na casa dela, em Resende (RJ). Ele ficou lá até fevereiro deste ano, quando a 
patroa se mudou para Brasília. 

Marcelo Luiz diz que lhe fora prometido R$ 3 mil na Capital Federla, mas Ana alegou falta de dinheiro e o remunerou com apenas R$ 1,3 mil. Ele passou a cobrá-la, mas sem sucesso. Como não tinha condições de deixar a mansão, Luiz acusou Ana de mantê-lo em condições análogas à escravidão. 

“Falei para ela: ‘Cristina, não sou obrigado a morar na sua casa. Trabalho para ter meu canto e em Brasília tudo é caro. Você pensa que vou ficar na sua casa e ser seu escravo? A escravidão já acabou. Você é racista. Isso é racismo. Você me tirou lá do Rio só porque em Brasília eu não tenho ninguém e não conheço nada? Acha que vou aceitar o que quer fazer comigo?'”, desabafou Marcelo ao Metrópoles. 

Ao voltar para o Rio de Janeiro, Marcelo denunciou o caso ao Ministério Público do Trabalho. Ele diz que nunca teve a carteira assinada quando atuou junto a família Bolsonaro. 

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