Autores de um estudo que apontou riscos no uso da hidroxicloroquina no combate à covid-19 reconheceram que houve falhas na apuração e retiraram o texto do ar, nesta quinta-feira (4). Eles publicaram uma nota de retratação na revista científica The Lancet.
Segundo o Poder 360, o estudo havia concluído que as substâncias não apresentam benefícios no tratamento da covid-19 e também podem aumentar o risco de morte em 34%, e quando associados a antibióticos – como a azitromicina– a porcentagem sobe para 45%.
A nota emitida pelos autores do estudo diz:
“Hoje, 3 dos autores do artigo ‘Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis’ pediram a retirada de seu estudo. Eles não conseguiram completar uma auditoria independente dos dados que sustentam sua análise. Como resultado, eles concluíram que não podem mais ‘garantir a veracidade das fontes de dados primárias’.
Ainda segundo o Poder 360, os três especialistas informaram que realizaram uma revisão independente, feita por uma 3ª parte, da base de dados utilizados pesquisa, com o consentimento de Sapan Desai.
Os revisores informaram ainda que a empresa Sugisphere não concedeu todas as informações e contratos dos clientes porque infringia os acordos de confidencialidade. Assim, os revisores informaram que não foi possível realizar “uma revisão independente e privada” e que estavam se retirando do processo.