Uma estudante do 9º período de medicina foi suspensa após usar o Instagram para ironizar a morte de uma mulher que recebia atendimento durante seu horário de descanso, no hospital em que estagiava, na cidade Marechal Deodoro -AL. A situação demonstra, o retrato do tipo de médico que o Brasil menos precisa neste momento.

Conforme o UOL, o caso aconteceu na terça-feira (8), na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, onde a paciente deu entrada com suspeita de infarto e morreu momentos depois.

A estudante, que não teve o nome divulgado, é aluna de uma faculdade particular da capital alagoana, o Cesmac (Centro de Estudos Superiores de Maceió). Ela foi desligada do estágio e está suspensa das atividades acadêmicas até a apuração dos fatos.

Publicações

A estudante fez a primeira publicação no Instagram, por meio dos stories, e reclamou: "Faltando 10 min para minha hora de dormir, chega mulher infartando e com edema agudo de pulmão, e agora já passou 1h30 da minha hora de dormir, tô p***".

O texto é acompanhado de uma foto, que expôs dados pessoais da paciente e os procedimentos médicos adotados.

Já na postagem seguinte, em formato de selfie, a universitária escreveu: "Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi".

O print, em tom de deboche, logo passou a circular em grupos de aplicativos de mensagem. Após a repercussão, a estagiária desativou a conta na rede social.

Afastada

Em nota, a Secretaria de Saúde de Marechal Deodoro informou que, tão logo tomou conhecimento do episódio, solicitou o imediato desligamento da acadêmica do quadro de estagiários do município. Segundo a pasta, a jovem é oriunda de um convênio firmado entre a prefeitura e o Cesmac, onde a jovem é matriculada.

"A Secretaria lamenta o ocorrido e reafirma seu compromisso focado na humanização e respeito ao cidadão em todas as nossas unidades de saúde", diz.

Até o momento o Cremal (Conselho Regional de Medicina de Alagoas) não se pronunciou.

Por meio de comunicado, o Cesmac informou que abriu um processo administrativo interno para apuração da conduta da estudante na unidade de urgência onde ela desenvolvia atividades de estágio, sob supervisão e em regime de internato.