O deputado federal, Daniel Silveira, do PSL-RJ, já chegou a recuar dos diversos ataques feitos ao Supremo Tribunal Federal. Uma dessas ocasiões foi em setembro de 2020, quando ele prestou depoimento à Polícia Federal, em setembro de 2020, sobre os ataques feitos contra a Corte, em abril de 2020. Na ocasião, ele justificou as agressões dizendo que foi um ‘’momento passional’’. 

Silveira está preso desde a noite desta terça-feira (17), após novas agressões a ministros da Suprema Corte. A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito 

Segundo a CNN Brasil, quando foi ouvido pela PF, no ano passado, Daniel disse que, quando criticou o STF, em abril de 2020, foi um momento de exaltação e que naquela época já não diria tais palavras. 

Em 19 de abril de 2020, o deputado falou: 

“Nosso trabalho é retirar esses do poder. Manter a governabilidade do presidente... Se o povo sair às ruas de fato, e resolver cercar o STF...invadir mesmo...e retirar na base da porrada...arrancar do poder. Porra!”.

Ainda em setembro, a PF perguntou se Daniel confirmava o post que fez, também em abril, dizendo que o STF era comunista e que não esperava que o presidente [Bolsonaro] assumisse a presidência e que já havia passado da hora de contar com as Forças Armadas. 

Silveira respondeu que ‘’se o STF continuasse a agir daquela maneira já havia passado da hora de contar com o poder moderador para equalizar os poderes e que o Poder Moderador seria as Forças Armadas. 

Ainda segundo o depoimento, Daniel explicou que a fala não significa que estava pregando a intervenção militar, mas que tal intervenção de militares poderia se dar por meios diplomáticos’’. 

Sobre outros questionamentos da PF, por exemplo se teria incentivado uma intervenção militar, disse que tudo tem um contexto e que a frase solta não revela a real intenção dele.