O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), disse, nesta segunda-feira (18), que o Estado de São Paulo não vai prescrever a hidroxicloroquina por conta do decreto presidencial de Jair Bolsonaro.
''Quero dizer que não se prescreve receita por decreto. São Paulo não vai aceitar que, por decreto, se estabeleça receituário médico. Nenhuma parte do mundo se trata saúde por decreto ou medida de ordem política'', disse em entrevista à imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A proposta do presidente da República é adotar a cloroquina para pacientes que estão no estágio inicial da doença, assim como faz a Itália. A França também adotou o medicamento e mais recentemente o estado da Bahia, mas só para pacientes internados.
O remédio causa polêmica em diversos países, mas especialmente no Brasil. Bolsonaro foi o primeiro entusiasta do fármaco, o que levou opositores a desqualificarem o medicamento.
Dois ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Nelson Teich, tiveram indisposições com Bolsonaro, em razão de não quererem criar protocolo para uso do remédio no Brasil.