Giovanna Lima, uma ativista de esquerda, herdou um boteco do pai, em Curitiba (PR). Depois de algum tempo, ela manifestou seu posicionamento político e se recusa a atender apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Conforme narrado pelo UOL, o estabelecimento, chamado de Bek’s Bar, parou nas mãos dela após a morte do pai, em 2020. Lima relata que os clientes bolsonaristas, ao saberem que ela era esquerdista, xingavam e faziam piadas racistas e homofóbicas.
"Nunca fiz questão de esconder nada. Tenho algumas camisetas com foice e martelo, tenho um boné do MST, tenho uma namorada e faço intervenções urbanas com poesia em Curitiba", relatou.
A militante diz que, por muito tempo suportou tais situações, mas que resolveu dar um basta e respondeu abertamente para todas as pessoas que questionavam a posição política e administração dela. Isso passou a ser feito no atendimento presencial e também nas redes sociais.
Ainda segundo o UOL, no atendimento delivery, o cliente recebe o pedido em sacos de papel com a frase "Fora Bolsonaro". Giovanna conta que, após explicitar sua orientação polícia, ela recebeu mensagens do tipo ‘’perdeu um cliente’’. E logo respondeu:
‘’Deixo aqui avisado que cliente que apoia o genocídio de 500 mil brasileiros e outros milhares de atrocidades DEFINITIVAMENTE não fará falta", escreveu a militante.
Giovanna destaca que o faturamento chegou a amentar, apesar de ‘’ter espantado’’ alguns clientes. Mesmo se ficasse no prejuízo, ela não se importaria.
"Eu prefiro falir com dignidade que ir contra meus princípios. Se você apoia tanto seu presidente, posicione-se também em suas atitudes e não venha mais aqui. Cliente fascista é livramento", refletiu a jovem.