Defensor da Polícia, o deputado Coronel David (sem partido) comemorou, na página do Facebook, a prisão de Jonatan Santos Targino, suspeito de atirar na cabeça e matar do cabo da PM Derinaldo Cardoso dos Santos, em um assalto. Ao mesmo tempo, o parlamentar lamentou que os agentes poderiam ser punidos diante da Lei de Abuso de Autoridade e divulgação de fotos do bandido.
“Parabéns aos policiais que prenderam o assassino do Cabo PM Cardoso do Rio de Janeiro. Infelizmente, eles podem ser punidos por terem “mostrado” a cara do assassino nas redes sociais. E outra coisa, a imprensa tá noticiando que os policiais prenderam o “suspeito” da morte do Cabo Cardoso. Não é suspeito não, é assassino mesmo! Mas, quanto tempo ele ficará preso?”, postou o deputado.
O crime ocorreu na sexta-feira passada, na Baixada Fluminense-RJ e o bandido foi preso no domingo (6).
Questionado se era contra a lei de abuso de autoridade, criada no governo de Bolsonaro, o deputado disse a lei de abuso deve ser respeitada, como toda e qualquer lei em um Estado Democrático de Direito. “Sou a favor de que a ação de policiais, federais, civis e/ou militares, na defesa da sociedade, não seja obstada, permitindo a plena defesa da integridade do cidadão por meio da ação dos policiais."
O parlamentar ainda se refere a questão da divulgação de imagens. “Mas a questão é a seguinte: uma simples foto onde os policiais, comemorando o êxito de uma operação de prisão um assassino, pode ser tida como abuso de autoridade? Eu entendo que não, assim como julgo que não houve nenhuma situação vexatória naquela foto, pois o preso estava regularmente trajado e apenas foi fotografado em meio aos policiais que, cumprindo sua missão legal, o prenderam. Quando me referi a que, “infelizmente” poderiam ser punidos, é pelo fato de que sempre surgirá algum “ativista que defende quem mata”, mas que sequer visita a família de quem foi morto, para dizer que isso é abuso”, disse o parlamentar.
David afirmou ainda que deve ‘haver bom senso’ e que as críticas que fez foram voltadas à leniência do Código Penal em relação a delitos contra a vida. “Em suma, que haja bom senso na interpretação das leis, e que policiais que cumprem seus deveres sejam elogiados, e não ‘perseguidos apenas por cumprirem seu dever’. A sociedade precisa, a cada dia mais, escolher de qual lado fica, do lado do assassino, do ladrão, do estuprador, do abusador de crianças, ou do lado de quem a defende. Eu tenho meu lado, o da defesa do cidadão de bem."