O enfermeiro Anthony Ferrari Penza, 45 anos, morreu de covid-19, na noite deste domingo (18), em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Ele chegou a se passar por médico e promovia fake news sobre vacinação, além de incentivar o uso da cloroquina.
Segundo o O Dia, Penza era de Cabo Frio e ficou conhecido nacionalmente pelos vídeos que postava nas redes sociais, com discurso negacionista.
No início do mês, Anthony sentiu os primeiros sintomas da doença, diz o site. No dia 8, ele procurou a UPA no bairro Parque Burle. Pouco depois, ele foi transferido para uma Unidade de Pacientes Graves, no Hospital Otime Cardoso dos Santos.
Com a piora no quadro, o enfermeiro foi transferido às pressas para a Unidade Pré-Hospitalar de Saracuruna, no 2º distrito de Duque de Caxias, onde faleceu.
Polêmicas
Quando começo a gravar vídeos sobre a doença, o enfermeiro se dizia médico atuante em Cabo Frio, inclusive usava jaleco e estetoscópio. Depois de ser questionado, ele assumiu a condição de profissional da enfermagem.
Anthony afirmava que estados e municípios recebem dinheiro do Governo Federal por cada paciente morto com coronavírus. Segundo ele, os valores chegam até R$ 19 mil. Ferrari disse ainda que cerca de 60% das mortes da Covid-19 são de pessoas que “morreram por estar assustadas”, “morreram porque muitos falaram para ficar em casa”.
Ainda segundo o O Dia, em outro vídeo polêmico, Anthony divulgou que um médico voluntário no ensaio clínico da vacina de Oxford foi “vítima da vacina” e teria morrido. Na verdade, ele faleceu em decorrência de uma pneumonia viral causada pela doença. O médico recebeu apenas placebo durante os testes.
No mesmo conteúdo, o falso médico garante que a vacina poderia causar Alzheimer, doença degenerativa que afeta a memória e fibromialgia.