O atestado de óbito de Regina Modesti Hang, mãe do empresário Luciano Hang, dono da Havan, teria sido fraudada. A afirmação consta de um dossiê, formado por 15 médicos que atuaram na Prevent Senior, operadora de Saúde, em São Paulo. 

Na documentação, consta que a mãe de Luciano, morta em fevereiro, aos 82 anos, teria feito o tratamento precoce contra a covid, antes e depois de ser internada no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo. 

Em vídeo publicado por Hang nas redes sociais, ele diz que nunca deu tratamento precoce antes da mãe ser diagnosticada com covid-19. 

"Eu me questiono: será que se eu tivesse feito o tratamento preventivo, eu não teria salvado a minha mãe?", afirmou no vídeo.

Detalhes

O dossiê aponta que ela foi internada em 31 de dezembro de 2020 e morreu em 3 de fevereiro deste ano. No prontuário, segundo a Folha de São Paulo, os denunciantes dizem que havia informação sobre o início de sintomas, em 23 de dezembro, e adoção de tratamento precoce, com hidroxicloroquina, azitromicina e colchicina antes da entrada na Prevent Senior. 

Na internação, segue o jornal, com base na denúncia, Regina teria recebido ivermectina e tratamentos experimentais.

De acordo com o dossiê, que cita o vídeo publicado por Hang, a alegação do empresário "não condiz com as informações do prontuário". Segundo os médicos, "o prontuário médico da sra. Regina Hang prova que ela utilizou o kit antes de ser internada e que repetiu o tratamento durante a internação, assim como registram que seu filho, sr Luciano Hang, tinha ciência dos fatos".

Outro ponto a ser destacado é que o hospital não divulgou que a paciente tinha covid-19. 

Procurada, a Prevent Senior reafirmou que não houve fraudes em declarações de óbitos. Diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Junior presta depoimento à CPI e negou que a operadora tenha cometido qualquer irregularidade.