Vitória Emanuele Lima Leite da Silva, de 2 anos, levada morta ao pronto-socorro enrolada em um cobertor, tinha marcas antigas de agressão. A mãe Maria Eduarda Lima Leite, 20 anos, e o padrasto Mauricélio José Da Silva Júnior, 26 anos, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia, no interior de São Paulo.
De acordo com o G1, o delegado Tiago Lucarelli Tucunduva, da delegacia de Peruíbe, onde o caso foi registrado, informou ao g1 que a expectativa é que o inquérito seja finalizado entre esta sexta-feira (6) e a próxima terça-feira (10), data limite para que todas as partes sejam ouvidas no processo.
Tiago já colheu depoimentos da mãe e do padrasto. Ambos negaram que a criança tenha sido agredida e alegaram que a menina se machucou ao cair do vaso sanitário. Sobre os hematomas encontrados no corpo da bebê, Mauricélio afirmou que seriam picadas de mosquito.
Falta ouvir o médico
O delegado informou que, além do casal, já ouviu uma enfermeira. Resta, portanto, o depoimento do médico que prestou o primeiro atendimento à família e constatou a morte.
Durante o atendimento, o profissional também notou hematomas antigos e outros sinais de violência. Ele que acionou a Polícia Militar devido às evidências de maus-tratos.
O médico relatou que a criança estava pálida, inconsciente e com hematomas pelo corpo, inclusive na área da coluna, entre a quinta vértebra lombar (L5) e o cóccix.
Além disso, a vítima apresentava hematomas no rosto, cortes e escoriações em membros inferiores e superiores. O delegado requisitou exames periciais na casa da vítima, onde não foram encontrados vestígios de sangue ou sinais de violência adicional.
Maria Eduarda e Mauricélio José foram presos em flagrante em Itariri (SP) após a morte d a bebê de 2 anos, que foi levada sem vida a um pronto-socorro enrolada em um cobertor. A criança apresentava vários hematomas pelo corpo, o que levou à suspeita de maus-tratos. A mãe, de 20 anos, e o padrasto, de 26, permanecem presos preventivamente após a audiência de custódia.
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe chegou ao pronto-socorro pedindo socorro para a filha, que estava sem pulso e com sinais evidentes de maus-tratos. O médico constatou hematomas antigos e outros sinais de violência. A mãe alegou que a menina teria se machucado sozinha ao cair no chão do banheiro, mas a situação levantou suspeitas.
O médico acionou a Polícia Militar devido às evidências de maus-tratos. A mãe, que está grávida e com depressão, passou mal ao saber da morte da filha e ficou sob observação médica. O médico relatou que a criança estava pálida, inconsciente e com hematomas no corpo, inclusive na área da coluna.
Na delegacia, a mãe admitiu que agredia a filha ocasionalmente com palmadas e chineladas. Ela afirmou que o padrasto não a agredia fisicamente, apenas a advertia verbalmente. Segundo ela, a menina teria se machucado ao cair do vaso sanitário, uma alegação que não convenceu as autoridades.
O padrasto negou qualquer agressão e afirmou que os hematomas seriam causados por picadas de mosquito. Ele alegou que o hematoma no rosto da criança era resultado da queda no vaso sanitário, uma justificativa que foi contestada pela polícia.
O delegado requisitou exames periciais na casa, que não encontraram vestígios de sangue ou violência adicional. O casal foi indiciado por maus-tratos, qualificados pelo resultado morte, e permanece em prisão preventiva enquanto as investigações continuam.