A paralisação iniciada por funcionários dos Correios às 22 horas da última terça-feira (19) segue por tempo indeterminado e, de acordo com a assessoria de comunicação da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), cada trabalhador tem o direito de decidir se adere a paralisação ou se continua prestando os serviços normalmente nas agências de Mato Grosso do Sul.
Questionada sobre a quantidade de agências que aderiram à paralisação no Estado, a assessoria destaca que não tem como precisar o número exato e tem conhecimento de que 89% do efetivo está trabalhando nesta quinta-feira (21). “Não temos esse número exato porque cada trabalhador define se adere ou não a paralisação. Tem agência que de 30 funcionários, um aderiu, outras tem mais, então o número exato de agências depende de cada local e dos trabalhadores”.
A paralisação envolve os trabalhadores de 40 municípios em Mato Grosso do Sul e dos sindicatos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Brasília (DF), Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Ribeirão Preto (SP), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Maria (RS), Santos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sergipe, Santa Catarina, Uberaba (MG) e Vale do Paraíba (SP).
Conforme a ECT, as negociações se concentram em Brasília. Segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), foram mais de 50 dias de negociação, sem sucesso. Entre os motivos da greve estão o fechamento de agências por todo o país, pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.