O subprocurador do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, pediu, nesta terça-feira (14), que o Tribunal de Contas da União proíba o presidente Jair Bolsonaro de ''propagandear'' o uso da hidroxicloroquina contra a covid-19.
A justificativa de Lucas Rocha é que o chefe da nação divulga o uso de um medicamento que não tem eficácia comprovada contra a doença.
''A crua verdade é que a massa de brasileiros, em grande parte, ignorante e sem instrução, não tem meios nem condições de decidir pelos adequados caminhos a trilhar nesta horrível crise pandêmica'', escreve o procurador na peça.
Ainda segundo o subprocurador Furtado, a tarefa de indicar medicamentos contra a doença é das autoridades científicas e da Organização Mundial da Saúde, bem como dos políticos e gestores públicos que se alinhem às diretrizes por elas estabelecidas.
O representante do Ministério Público destacou que ''somente políticos e gestores públicos mal-intencionados ou irresponsáveis agem de forma a contrariar o norte apontado pela comunidade científica e pela OMS nesta pandemia''.