O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julga, neste momento, recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia. O processo tem como um dos delatores o pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, que hoje cumpre prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
Bumlai foi um dos principais delatores no julgamento de Lula no processo. Em novembro de 2018, ele teria dito em depoimento que a compra do sítio era uma surpresa de Marisa Letícia para o ex-presidente.
Em depoimento o ano passado, Bumlai disse que a 1ª vez que ouviu falar sobre o sítio de Atibaia foi durante 1° encontro com a família de Lula e Jacó Bittar no Palácio da Alvorada, entre agosto e setembro de 2010. O pecuarista também afirmou que, na mesma época, Marisa Letícia pediu indicação de uma construtora para fazer obras no sítio.
Hoje a defesa de Lula pede a anulação da sentença e de todo o processo, ou a absolvição do réu. Em contrapartida o MPF (Ministério Público Federal) deseja aumentar a pena de 12 anos e 11 meses que o ex-presidente recebeu na primeira instância, a 13ª Vara Federal de Curitiba.
Conforme o G1, durante a sessão também será tratado o possível envio do caso de volta à primeira instância, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que réus delatados devem fazer alegações finais depois dos réus delatores.
O pecuarista José Carlos Bumlai foi condenado a 9 anos e 10 meses de reclusão por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção. Bumlai foi também condenado, em primeira instância, na ação que envolve o sítio de Atibaia a 3 anos e 9 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. A pena ainda não foi confirmada pelo TRF-4.
(Com informações do Globo, G1 e Poder 360)