Os campo-grandenses estão divididos com a proposta do deputado estadual Antônio Vaz (Republicanos) em suspender a cobrança de ICMS das igrejas do Estado. O intuito é retirar o imposto dos serviços de fornecimento de água, luz, internet e telefone.
A proposta foi aprovada em primeira discussão na Assembleia e segue tramitando na Casa.
Contra
Para o vendedor de caminhões, Joemerson França, 43 anos, as igrejas não deveriam ficar isentas. “Não concordo, muitas igrejas estão sendo abertas com intuito de lavar dinheiro. Se tudo que eu ganho eu preciso declarar e pagar os impostos, então as igrejas não deveriam ficar isentas”, diz.
O pedreiro José Ferreira, 33 anos, também é contra a suspensão. Ele diz que as igrejas já possuem dinheiro o suficiente. “A maioria das igrejas possui um patrimônio milionário. Elas têm que contribuir também, afinal, o fiel sempre paga o dízimo. No final a conta sempre sobra pra gente”.
A preocupação da merendeira Antônia da Silva é com a retirada do valor das igrejas e peso no bolso do consumidor comum. “Então, se tirar vai faltar de algum jeito no orçamento. Eles vão passar pra quem no final? É quase certo que vai subir as taxas e a gente pagar. Eu não concordo”.
A favor
O casal de músicos Carlão e Cleonir é a favor da isenção e citam que os templos fazem o trabalho de evangelização do povo. “Todavia as igrejas animam o povo e ficou a marca de Jesus em todo o lugar”.
O sambista Elcio Alves, 37 anos, tesoureiro da escola de samba Catedráticos do Samba, disse que é a favor desde que seja comprovada a existência da igreja e que haja um trabalho social. “Tem que apresentar documentos e não só usufruir do benefício do Estado”.