O inquérito administrativo aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral, nesta segunda-feira (3), pode deixar o presidente Jair Bolsonaro fora das eleições do ano que vem.
O procedimento foi aberto após constantes afirmações do presidente sobre possíveis fraudes na contagem do voto pelas urnas eletrônicas em várias eleições. Ele defende o voto impresso como forma de fazer uma recontagem física e mais segura.
Conforme colunista Carolina Brígido, do UOL, o ministro corregedor do TSE, Luis Felipe Salomão, é quem vai conduzir o inquérito. Ele vai apurar se o presidente e outras pessoas cometeram crimes de corrupção, fraude, condutas vedadas, abuso de poder político e econômico, entre outros.
O procedimento é o mesmo dos demais processos judiciais, onde é feita a coleta de provas, depoimentos e perícias, mas isto não tem um prazo definido.
Ainda há a possibilidade de unir o inquérito a um processo no TSE que já existe contra a chapa Bolsonaro-Mourão, que está em fase avançada. Se o presidente for condenado, ele pode ficar inelegível ou até perder o mandato.
Além de colocar as urnas eletrônicas em suspeição, Bolsonaro tem atacado o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso. O ápice da instabilidade entre os poderes se deu na quinta-feira passada, quando o presidente fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais, dizendo que mostraria provas de fraudes nas urnas. No entanto, ele apontou apenas indícios.