O brasileiro Rafael Lusvarghi foi preso no aeroporto de Borispol, perto de Kiev, acusado de formação de grupo terrorista, segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia.
Em junho de 2014, o jovem ficou 45 dias preso após participar de um protesto em São Paulo contra a Copa do Mundo no Brasil. Laudos periciais apontaram que os objetos achados com ele não eram bombas e ele foi solto em agosto do mesmo ano.
As autoridades ucranianas dizem que apreenderam com ele um passaporte estrangeiro, um laptop que continha conversas com grupos terroristas e uma medalha por combate. Um vídeo feito pelo Serviço de Segurança mostra o momento da prisão.
O Serviço de Segurança da Ucrânia diz que Lusvarghi tem formação como lutador profissional e habilidades de montanhismo e como operador de rádio. Além disso, o órgão afirma que ele foi mercenário da Legião Estrangeira francesa e que visitou quase todos os "pontos quentes" do mundo.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, em agosto de 2014, Lusvarghi disse que iria para a Ucrânia "o mais breve possível".
"Eu gosto da [minha] família, mas eu quero é ir pra Ucrânia! Não aguento mais perder tempo... eles precisam de mim lá".