O presidente Jair Bolsonaro (PSL) demitiu, na tarde desta quinta-feira (13), o ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz. No lugar dele, entra outro militar, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira. A demissão ocorreu durante almoço no Palácio do Planalto e o anúncio no novo ministro ocorreu em Belém (PA).
Segundo o Estadão, no encontro em que Santos Cruz foi comunicado da demissão estavam o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
A saída foi atribuída ao "desalinhamento" com o presidente em questões como comunicação e a centralização de poder na sua pasta. O ministro foi alvo recentemente de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, sobre os rumos da comunicação no Palácio do Planalto.
Ainda conforme o Estadão, Santos Cruz também se envolveu em polêmicas com o escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo. Ele vinha acumulando desgaste desde que reagiu às críticas de Olavo, mas não foi endossado pelo presidente. O ministro vinha acumulando desgaste desde que reagiu às críticas de Olavo, a quem atribuiu uma “personalidade histérica”.
Bolsonaro, porém, em nenhum momento saiu em defesa do seu ministro e chegou a condecorar Olavo com a Ordem Nacional de Rio Branco em meio à polêmica. A atitude incomodou a ala militar do governo.
De acordo com relatos de pessoas próximas, Santos Cruz foi surpreendido com a demissão. Nesta quinta-feira, antes de ser informado da saída, o ministro esteve no Senado, em audiência na Comissão de Transparência, onde defendeu a permanência do colega de Esplanada, Sérgio Moro, no Ministério da Justiça.