Paula von Sperling, confinada no "BBB 19", terá que depor à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) assim que sair do programa. A determinação é do delegado Gilbert Stivanello.
Paula, segundo a polícia, é investigada preliminarmente por injúria por preconceito baseada em intolerância religiosa dentro do jogo, após uma conversa com Diego e Hariany sobre Rodrigo. As outras falas de Paula consideradas racistas pelos internautas não estão em investigação.
"Ela terá que depor assim que sair do programa. Acordei com a emissora que, na medida em que forem saindo, ela e Rodrigo (vítima) devem ser intimados", afirma o delegado.
Gilbert Stivanello argumentou que preferiu aguardar o fim do reality para não penalizar duas vezes o carioca.
"Imagina tirar o cara (vítima) do programa para saber se ele quer representar contra Paula? Ele, que acabaria expulso da disputa, seria vítima duas vezes. Preciso saber da Paula qual foi a intenção dela quando proferiu as falas", afirma Stivanello, que acrescenta, "se, por exemplo, Rodrigo sair antes dela e disser que não se sentiu ofendido e não quer representação, mesmo assim vou ouvi-lo porque ele tem seis meses para se arrepender. Então, é preciso ter o depoimento tomado. E farei, claro, o mesmo com ela".
Em defesa, a mãe de Paula, Adriana von Sperling, afirmou que a família não sabe da intimação, mas argumentou. "Não vi nada de errado que ela tenha falado, que pudesse comprometê-la".