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há 3 anos

Acuado, Conselho de Medicina muda versão e nega ter autorizado cloroquina

Presidente da entidade, que é de MS, não quis rever parecer da entidade em 2020

O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Donizette Giamberardino, negou, perante audiência pública com senadores, que a entidade algum dia autorizou o uso da hidroxicloroquina. 

Segundo a Agência Brasil, na segunda-feira (19), Donizette alegou que a entidade "não recomenda e não aprova tratamento precoce e não aprova também nenhum tratamento do tipo protocolos populacionais [contra a covid-19]”.  

No entanto, em 2020, o CFM aprovou parecer que facultou aos médicos a prescrição da cloroquina e hidroxicloroquina. 

Questionado sobre uma possível incoerência, Donizette respondeu que o parecer foi, na verdade, uma autorização fora da bula, conhecida como ‘’off label’’. Neste caso, um profissional da medicina poderia prescrever o medicamento, em situações individuais, e com a autonomia das duas partes.  

O vice-presidente também esclareceu que o parecer, dado à época pelo CFM, não significava um ‘’habeas corpus’’ para nenhum médico e que ‘’havendo evidências de previsibilidade, prescrever medicamentos off label e isso vier a trazer malefícios porque essa prescrição foi inadequada, seja em dose ou em tempo de uso, pode responder por isso”. 

Mauro Ribeiro 

Vale lembrar que a entidade é presidida pelo médico sul-mato-grossense, Mauro Luiz Britto Ribeiro, que também presidiu o CRM-MS. 

Mesmo após um ano da pandemia e com vários estudos comprovando a ineficácia da cloroquina contra a covid, Mauro Ribeiro se recusou a rever parecer da entidade, que autorizava médicos a receitarem os medicamentos. 

À época, em março deste ano, Ribeiro justificou que não havia consenso no mundo científico sobre a ineficácia da cloroquina. 

Processos

Não bastasse defender medicamentos sem comprovação científica, Ribeiro teve um escândalo revelado pelo jornal Estadão. 

O site descobriu uma ação judicial, que apontava que Mauro teria faltado 873 plantões na Santa Casa de Campo Grande, mas recebeu os salários como se tivesse atendendo, de 2013 a 2015. 

No período indicado pelo jornal paulista, Ribeiro, no entanto, recebeu R$ 72 mil em salários indevidamente. Ele foi condenado junto de outros nove profissionais médicos.

Para ver a reportagem completa sobre esse caso, clique aqui 

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