A 4ª Vara Criminal de Campo Grand realizou nesta quinta-feira (18) a primeira sessão de depoimentos sobre a acusação de Breno Fernando Solon Borges, filho da desembargadora afastada Tânia Garcia Borges, por porte de arma de uso restrito. Aos policiais rodoviários federais que atenderam o caso e foram testemunhas de acusação, ele teria dito que a arma seria para proteger-se.
As testemunhas relatam à juíza May Melk Amaral Penteado Siravegna que ele se negava a assumir porte de arma ilegal quando foi abordado em operação contra o abuso infantil no período de Carnaval, em 24 de fevereiro de 2017, na BR-163. Durante revista, Breno se exaltou disse e que ninguém poderia mexer no carro.
Os policiais perceberam que um compartimento estava trancado à chave, e o rapaz se recusou a abrir. Somente quando iriam arrombar, ele assumiu que tinha a arma calibre .9mm e munição ilegal.
A desculpa dada à polícia era que estavam indo até Santa Catarina, mas tinha desavença com pessoa no outro Estado e queria se proteger.
As testemunhas ainda afirmam que foram até o veículo do rapaz pela suspeita de que havia uma menor de idade com ele, o que foi confirmado. Na camionete conduzida por Breno, estava uma jovem de 17 anos, sua mãe e outra mulher. A relação entre eles não foi esclarecida.
Ausências
Três pessoas que iriam depor a favor do rapaz faltaram, entre elas uma psiquiatra. Portanto, depôs somente sua psicóloga, que pediu para a imprensa sair da sala de oitivas por questões de ética profissional.
Conforme seu advogado no caso Renê Siufi, a defesa tem 10 dias pra localizar quem não compareceu e uma nova audiência foi marcada pra março. O rapaz permanece detido em Três Lagoas e preferiu não realizar depoimento por videoconferência, sendo ouvido apenas no dia 3 de abril de 2019.