Internautas resgataram vídeo onde o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, condenava o ‘’toma lá dá cá’’, entre o Governo e o Congresso Nacional. Nas redes sociais, o que se comenta é que Bolsonaro ‘’esqueceu’’ das críticas e faz o mesmo que condenava antes das eleições.
Na gravação, Bolsonaro é enfático e diz que não negociará cargos com partidos políticos para ter projetos do governo aprovados no Legislativo. Ele chega até a dizer que a prática, cujo nome técnico é fisiologismo, seria crime de responsabilidade.
"Qualquer presidente que distribua ministérios, estatais ou diretorias de banco para conseguir apoio dentro do parlamento está infringindo o artigo 85 inciso 2 da Constituição", argumentou o então candidato à presidência no trecho que circula nas redes sociais, extraído entre os minutos 4 e 7 do original. "O que fiz durante a campanha dizendo que não aceitaria o 'toma lá dá cá', fiz baseado na Constitutição", afirmou Bolsonaro.
O tema voltou à tona após as eleições para os presidentes da Câmara e do Senado, em 1º de fevereiro deste ano. Deputados de oposição acusam o presidente de usar instrumentos governamentais para favorecer deputados e senadores que votassem a favor dos candidatos apoiados por ele. Os dois – Rodrigo Pacheco, do DEM e Arthur Lira, Progressistas, venceram.
Encerrada a corrida no Congresso, partidos do Centrão aumentaram a pressão para obter cargos no Banco do Brasil e Casa da Moeda e também as pastas da Saúde, de Minas e Energia, Cidadania e Desenvolvimento Regional.