Quem nunca foi até o Mercadão Municipal para buscar aquela erva de tereré especial ou comer aquele pastel caprichado? Comprar um condimento que só tem por lá ou, ainda, saborear um delicioso fruto da terra e encontrar verduras e legumes fresquinhos, de produção orgânica? Em 2018, o espaço completa 60 anos mesclando a tradição das mercadorias com o conforto que a modernidade pode trazer.
Nos últimos anos, o Mercadão vem passando por diversas reformas e agora atende a todas as exigências do Corpo de Bombeiros. O lugar teve todo o piso trocado e também o telhado, que agora é mais adequado ao calor campo-grande. Além disso, o espaço foi climatizado, teve os banheiros reformados e até um sistema de gás foi implantado, de maneira a garantir a segurança dos consumidores.
“Essa última reforma foi a melhor, fechar o estacionamento também. Está melhor a cada dia”, elogia a vendedora Maria Silva Maciel, 58 anos. Trabalhando há mais de 20 anos no Mercadão, ela comercializa uma variedade de pimentas e tubérculos, como o gengibre, e conta que a clientela vem aumentando com as melhorias no ambiente.
De acordo com a assessoria do local, são 144 bancas e 77 postos, que ficam nas laterais. Considerando trabalhadores formais e informais, 450 pessoas dependem do Mercadão para o sustento e, conforme levantamento realizado a partir do controle do estacionamento, tem uma média de 5,5 mil visitantes diários, além de ser ponto turístico incluso no roteiro do City Tour.
Gomercinda da Luz, 40 anos, é novata no local. Atuando na venda de acessórios para celular há cerca de nove meses, ela afirma que é um lugar muito bom de trabalhar, porém quase nunca consume os produtos comercializados ali. “Nunca dá tempo”, admite.
Já o vendedor Mario Matritarti, 42 anos, é frequentador assíduo do Mercadão. Ele revela que vai ao local toda semana há cerca de cinco anos, sempre para comprar carne. Também aproveita e leva a tradicional erva de tereré e doces em geral. Diz que não tem um favorito, mas depois de um pouco de insistência, revela o que mais compra: a querida rapadura.