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20/02/2017 16:16

Bairro que 'recebe' Penitenciária Máxima, Noroeste vive rotina de abandono, buracos e matagais

Em algumas ruas, o transporte em veículo em quase impossível

O cenário parece de uma estrada de uma fazenda qualquer no interior do Estado, mas na verdade é só mais uma rua tomada por matos e buracos no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande.  A situação no bairro já era crítica, mas depois de algumas semanas de chuva, complicou ainda mais. 

Segundo o aposentado Luiz Pereira, 67 anos, morador do bairro há mais de 15 anos, o clima no bairro é de abandono por parte das autoridades, que pouco fazem pela região. "Aqui falta muita coisa para melhorar. As ruas são cheias de buracos, não temos praça, Ceinf (Centro de Educação Infantil) e nem nada. Estamos abandonados", relatou.

Na rua Indianápolis, erosão tem mais de cinco metros de comprimento

Na rua Indianápolis, a principal do bairro e que da acesso ao Presídio de Segurança Máxima, tem um dos piores trechos. Em frente ao estabelecimento penal, a enxurrada abriu uma cratera de mais de cinco metros de comprimento. Quando chove, o local se transforma em uma cachoeira.

Conforme Antônio Vieira, 62 anos, presidente do bairro, os problemas com buracos nas ruas e matagais é recorrente. "Precisamos muito de um cascalhamento, mas a prefeitura disse que só vão mexer nas ruas quando a chuvarada acabar. O problema é que isso não tem previsão", disse.

Na rua Indianápolis, erosão tem mais de cinco metros de comprimento

Além dos buracos, outro problema que preocupa dos moradores da região é o abandono de vários terrenos baldios. "É perigoso porque é um local a mais para os bandidos se esconderem e também tem a questão da dengue. A prefeitura deveria exigir que os donos limpem seus terrenos e fiscalizar", completou.

O TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura para saber quando o problema da região será resolvido.. Veja na íntegra a resposta:

Campo Grande tem aproximadamente 2 mil quilômetros de vias não-pavimentadas. Como o parque de máquinas da Prefeitura,  já bastante sucateado, é insuficiente para cobrir todo este perímetro o trabalho é terceirizado. A atual administração encontrou  dois contratos  de manutenção – na fase final de vigência – para empresas atuarem em duas regiões urbanas da cidade. Uma nova licitação  está sendo preparada, com valores repactuado, para que o trabalho possa ser retomado. Só depois de concluído este processo será possível iniciar a recuperação de vias. Além disso, como este período de chuvas quase diárias, fica praticamente impossível fazer manutenção sem que haja pelo menos de três a dias de estiagem continuo.  

 

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