Falido, mas com gastos em alta. Essa é a situação de Minas Gerais. O Estado, governado por Romeu Zema (Novo), resolveu dar um reajuste de 41,7% a todos os servidores públicos, mesmo com salários em atrasos e sem dinheiro em caixa. Resultado: quem vai pagar a conta é todo o brasileiro.
Isso porque, para não falir de vez, a União resolveu dar uma ‘ajudinha’ de 140 bilhões de reais em seis anos para o governo mineiro. Para se ter uma ideia, o valor é igual aproximadamente 11 anos de arrecadação anual de todo o Mato Grosso do Sul.
Resumindo, o governador do Partido Novo resolveu fazer graça com chapéu alheio. Sabendo da ajuda federal, distribuiu um reajuste salarial irreal para a situação das finanças mineira. Aumento que será pago, em suma, por verba federal, ou seja, pago por todo o brasileiro.
Além do teor econômico, a medida de Romeu Zema gera um forte atrito político. Em Estados, como Mato Grosso do Sul, as finanças andam controladas a ferro e fogo, para manter o saldo da máquina pública em dia. Consequências são, por exemplo, reajustes menores para servidores públicos.
Medidas impopulares, mas que mantém as contas no azul. Já em MG, um reajuste que beira os 50%, pago com dinheiro alheio, gera uma onda de revoltas em todos os Estados, onde haverá a cobrança por aumentos semelhantes.
A atitude de Zema, inclusive, já gerou descontentamento de governadores. Porém, a verba garantida pelo ministro da Economia Paulo Guedes mantem Minas em situação tranquila, enquanto os outros Estados, como MS, sofrem para pagar a conta. E ainda arcam com problemas alheios.