O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (30), que está preocupado com a possibilidade da Petrobras reduzir a compra do gás da Bolívia ainda neste ano. Em 2017, Mato Grosso do Sul pactuou com o Governo Federal a alíquota de 17% de ICMS sobre a cobrança do gás vindo direto da Bolívia, e se confirmar, Estado pode ter redução de receita.
"Nós estamos muito preocupados com essa possibilidade. No ano passado, as perdas foram de R$ 400 milhões e neste ano, pode ser ainda maior", conta.
Outro problema ainda coloca em risco o setor, uma vez, que devido às chuvas, houve o aumento nos reservatórios das hidroelétricas e com isso as turbinas passaram a funcionar. Por outro lado, reduziu a capacidade das termoelétricas, o que reduziu o bombeamento de gás.
Outras medidas
Diante dos desafios, o Governo do Estado aposta nesse novo pacto que será fechado com os bolivianos. "Nós já fizemos três reuniões, uma no início de janeiro, que ocorreu em Cuiabá, no Mato Grosso e hoje aqui. Nós vamos continuar essas tratativas para podermos firmar esses acordos".
Após o governo brasileiro permitir a compra direta do gás pelo estados. "Nós vamos permitir a importação de insumos para os estados, como por exemplo, a venda da uréia boliviana para cooperativas. O insumo fica mais barato para elas", disse o governador.
No encontro com a missão boliviana, ainda serão discutidos outros assuntos de interesse do Estado, como a ferrovia binacional que ligará o porto de Santos (SP) até o porto do Peru e do Chile. Além de segurança e obras de infraestrutura e de rodovias.