Um triste número assola a economia de Campo Grande: 18 mil comerciantes varejistas fecharam as portas após a crise do coronavírus. Os dados são de levantamento da CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, junto ao banco de dados do SPC Brasil.
O levantamento aponta que, em apenas três meses, o número de empresas prestadoras de serviço e comércio caiu de 46.683 para 28.404, o que significa diminuição de postos de trabalho, renda e impostos.
Foram cerca de 50 mil vagas de empregos fechadas em Campo Grande desde março
Desde o início da pandemia, a CDL CG tem alertado para a necessidade de aplicar as regras de biossegurança, permitindo que o comércio se mantenha ativo para gerar empregos e renda, aquecendo a economia, que já vinha de crises e obras públicas, que sufocaram os lojistas da rua 14 de julho, por exemplo.
O presidente da CDL-CG, Adelaido Vila, lamentou que tantos empresários não tenham conseguido sobreviver a esse período. “A pandemia expôs a fragilidade das administrações públicas, que não foram capazes de dar soluções eficazes, nem para a saúde das pessoas, nem para a economia. É lamentável que tantas pessoas tenham perdido sua capacidade de sobrevivência e ainda corram tantos riscos a sua saúde”.
O presidente ainda lembrou que o varejo adotou todas as medidas de biossegurança, ficou fechado por mais de quinze dias, tem várias regras a cumprir e é sempre o primeiro a sofrer com as restrições, e ainda assim, o número de casos só aumenta na cidade.
“O resultado de tudo isso é que hoje Campo Grande sofre com a morte de pessoas e de empresas, que não sobrevivem à falta de planejamento. Campo Grande está de luto, apesar de tanta luta dos comerciantes para sobreviverem a mais esta batalha”, lastimou.