O setor industrial de Mato Grosso do Sul, que é composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, vai injetar na economia estadual R$ 279, milhões nos meses de novembro e dezembro deste ano com o pagamento do 13º salário de 123.042 trabalhadores com carteira assinada nas atividades industriais, de acordo com estimativas do Radar Industrial da Fiems.
A projeção leva em consideração o fato de o salário nominal médio pago pelas indústrias sul-mato-grossenses em 2018 ser de R$ 2.268,00. Além disso, conforme o levantamento realizado pelo Radar Industrial, o montante de R$ 279,1 milhões relativos ao benefício deste ano é 4,8% superior ao desembolsado em 2017, quando o setor pagou R$ 266,3 milhões a título de 13º salário, e representa 16,2% do total que deve ser pago no Estado neste ano.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, essa injeção milionária de recursos na economia estadual faz parte de uma conta muito clara de que a indústria vem avançando e superando as dificuldades. “Hoje, o salário médio pago pela indústria estadual é mais do que o dobro do mínimo, ou seja, R$ 2.268,00 contra R$ 954,00. Por isso, o setor pagará quase R$ 280 milhões em 13º salário, que serão injetados na economia até o dia 20 de dezembro, demostrando que a indústria vem contribuindo para o aquecimento da economia sul-mato-grossense”, analisou.
Ele acrescenta que a indústria integra uma frente de desenvolvimento graças ao trabalho de base realizado ao logo dos últimos 11 anos, que ajudou o setor a se consolidar em muitos municípios do Estado. “Já essa melhoria dos salários pagos pelas indústrias é reflexo da qualificação dos trabalhadores realizada pelo Senai na maioria das cidades do Estado, onde as prefeituras são parceiras. É importante destacar esse elo Senai-Prefeituras, além da articulação junto às empresas, e o resultado disso tudo está aparecendo. Isso vem também motivado pelos incentivos fiscais que nós conseguimos alinhar com o Governo do Estado de uma forma bem transparente e operacional”, detalhou.
Sérgio Longen reforça que as empresas que hoje estão instaladas em Mato Grosso do Sul estão satisfeitas com a convalidação dos benefícios fiscais e com a ampliação dessa concessão até 2032. “Mesmo com a contribuição ao Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado), todas as empresas aderiram com satisfação ao projeto, tendo a segurança jurídica de que os incentivos fiscais concedidos pelo Estado são reais”, finalizou.