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Economia

25/07/2016 09:38

Gestão Puccinelli afundou contas estaduais, aponta Tesouro Nacional

Levantamento feito pela Secretaria de Tesouro Nacional (STN) revela que Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar no ranking dos estados que mais desrespeitaram a legislação entre 2008 e 2015. A gestão regional ultrapassou completamente os limites estabelecidos para o gasto com pessoal. Os dados levam em conta a gestão peemedebista no Estado.

O levantamento da União leva em conta o período entre 2008 e 2015; destes anos, apenas o último não tinha o PMDB no comando, e MS já era comandado por Reinaldo Azambuja, do PSDB. A pesquisa foi divulgada pelo jornal Estadão.

O cálculo demonstra que o ex-governador André Puccinelli (PMDB) não tinha interesse em respeitar os limites, já que o Estado aparece na lista com mais de 70% da receita gasta com pessoal. O índice contraria o manual do Tesouro Nacional, que estabelece limite legal de 60% com os gastos de pessoal.

No último ano de gestão, em 2014, André distribuiu vultosos reajustes salariais aos servidores, inclusive antecipando a negociação de 2015, o que gerou revolta de Azambuja.

Com o anúncio de uma crise internacional, o governo federal havia recomendado aos estados que diminuísse gastos com pessoal, mas Puccinelli não aderiu a recomendação, já que manteve os gastos durante o final do segundo mandato como governador 

Mato Grosso do Sul perde apenas para o Rio Grande do Sul, que aparece no cálculo com mais de 75% de gastos com pessoal. Além de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, Minas Gerai, Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás permaneceram com gasto de mais de 60% com gastos de pessoal.

 Foto:  Geovanni Gomes

Gastos de auxílio-paletó, auxílio-combustível, auxílio-moradia, precatórios com alimentação, terceirizados, prestadores de serviços por meio de contrato com organização social e até pensões e aposentadorias, podem não estar incluídas nessa cifra.

De acordo com a secretaria, a alta representa um crescimento real, acima da inflação, de 40%, o que representada quase o dobro dos R$ 58 bilhões de aumento de 2000 a 2007, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal foi aplicada com mais rigor.

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