O dólar oscila perto da estabilidade na manhã desta quarta-feira (29) depois de começar os negócios em alta, atingindo a cotação de R$ 4,16 e se aproximando da cotação máxima histórica de fechamento, de R$ 4,1631. Os investidores permanecem cautelosos diante da incerteza eleitoral no país e monitoram ainda o cenário no exterior.
Às 10h14, a moeda norte-americana caía 0,1%, a R$ 4,1441. Na máxima do dia até agora, chegou a R$ 4,1641 e, na mínima, a R$ 4,1251.
Na véspera, o dólar fechou a R$ 4,147. Já o dólar turismo terminou o dia negociado próximo dos R$ 4,31, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. Além disso, o nervosismo gera maior demanda por proteção, o que pressiona o real. Exportadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados correm para comprar e ajudam a elevar o preço da moeda americana.
Outro fator que pressiona o câmbio é a perspectiva de elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado ficará testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.