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VOLTA ÀS AULAS

10/01/2021 15:15

Incertezas sobre pandemia e orçamento pelo WhatsApp orientam compras de material escolar

Lojas que antes costumavam ter filas na porta, agora estão com clientes mais calmos na hora da procura pelo material

Em um ano ainda atípico por conta da pandemia da covid-19, o retorno presencial das aulas na rede pública ainda é um mistério e a única esperança é a vacina. Com isso, não só a maneira de ensinar, no caso dos professores, mas também na forma de aprender mudou desde o ano passado. Mas a procura pelo material escolar também está mais tranquila em 2021.

Os consumidores estão mais cautelosos neste ano, mais calmos na hora de comprar material escolar. A forma também mudou. Muitos deles deixaram de ir até à loja física e passar horas com os filhos, escolhendo o material, e preferem mandar a lista, fazer o orçamento e depois só ir buscar.

Jorge Roberto Fernandes, 55 anos, proprietário da Shop Tudo, uma das mais movimentadas livrarias de Campo Grande, onde chega a se formar filas na compra do material, conta que, neste ano, a movimentação está mais calma e bem diferente dos anos anteriores. Vale ressaltar que no ano passado a procura ainda foi boa, já que as aulas só foram paralisadas a partir de março.

“Ano retrasado, em dezembro, pessoal se antecipava, mas geralmente a procura maior é próximo ao início das aulas mesmo. Ainda faltam 30 dias para começar as aulas na rede particular e 60 dias para as aulas da rede pública, então pode mudar muita coisa”, diz o empresário.

Ainda sem a certeza da retomada das aulas presenciais, ele comemora a procura, apesar de mais “espaçadas” se comparadas aos anos anteriores.  “A expectativa é boa, porém esse ano não vai ter a mesma concentração dos anos anteriores. Mas estamos preparados, com materiais novos, com todo cuidado, cumprindo todas as normas de biossegurança”, explica.

Na Mateplas, a responsável pelo setor de papelaria, Vilma Toledo, 59 anos, comenta que, desde o último final de semana, vem crescendo a procura por material escolar na loja. “Quem viajou fez as compras já em dezembro, mas a maior procura mesmo começa em fevereiro”, conta.

Ela ainda acrescenta que, nesse ano, os pais mandam a lista pelo WhatsApp, fazem o orçamento e pedem para separar o material para só ira até a loja para buscar. “Eles (pais) já vêm com a certeza do que vão levar”.

Assim como Jorge, Vilma também compara a procura deste ano com o anterior e não vê baixa, só mais espaçada, ou seja, sem grandes aglomerações para a compra do material escolar na loja. Porém, ainda não há como saber ou não se as vendas são menores que a do ano passado, conforme ambos informaram.

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