O Centro Cultural José Octávio Guizzo da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul recebe a partir do dia 7 de dezembro (quinta) as peças da exposição “Das Necessidades Existenciais”, dos bacharéis em Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O vernissage acontece às 19 horas, na Galeria Wega Nery e na sala Ignês Corrêa da Costa.
“Das necessidades existenciais” foi o nome escolhido pelos estudantes de Artes Visuais (bacharelado) que concluem o curso em 2017 para a mostra, um recorte dos trabalhos finais realizados por eles. Essa escolha remete ao pensamento de Fayga Ostrower: “O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só pode crescer enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma, criando”.
O pensamento serviu como base para que a acadêmica Fernanda Moussalem, ao refletir sobre ele, sugerisse o título da exposição: “Daí eu pensei que se o homem cria por necessidade, isso pode significar que nós artistas criamos porque isso é uma necessidade que temos enquanto seres humanos, o que não só evolui nossa condição de “existir” como também nossas capacidades intelectuais para crescermos enquanto seres pensantes”.
“Ao abraçarem o nome sugerido, os 14 novos artistas que participam da exposição reafirmam a urgência de se fazer, pensar e refletir sobre Arte, e colocam-na não no patamar das coisas supérfluas e dispensáveis, mas como uma necessidade que nos torna mais gente. Em tempos de intolerância e discussões rasas que chegam a duvidar da importância do artista como agente social ativo e questionador, tal posicionamento, reafirmando a importância da Arte, é uma esperança de continuidade e resistência do fazer artístico em Mato Grosso do Sul, através das proposições que marcam o encerramento desse ciclo de estudo e o início de percursos profissionais”, explica a professora do curso Priscilla Pessoa.
“Durante o último ano do curso todos se dedicaram intensamente (junto com seus orientadores) ao processo criativo de seus trabalhos finais e cada um dos projetos que encerram a graduação desses novos artistas resulta de um percurso de escolhas que passa por mudanças seguidas e surge não só do fazer prático, mas de um longo tempo de observação do mundo, pesquisas, experimentações e construção poética”, esclarece Priscilla.
A mostra apresenta uma diversidade de assuntos e escolhas poéticas e levará ao público um pouco dessa produção através das esculturas, desenhos, pinturas, gravuras e instalações de Amanda Mamede, Daniel Cota, Fernanda Moussalem, Jeanne Amaral, Joanita Cezar, Kahena Loureiro, Karen Belmont, Lucia Ribeiro, Luis Salgado, Márcia Albuquerque, Maria Carolina Rodrigues, Patrick Oliver, Suzuko Yamazaki e Vinícius Brandão.
Serviço: A exposição estará aberta à visitação de terça a domingo até o dia 31 de janeiro. Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na Rua 26 de Agosto, 453, entre a Calógeras e a 14 de Julho ou pelo telefone 3317-1795.