O último esquenta do Cordão Valu, nesse domingo (12), no Teatro de Arena do Horto Florestal, serviu para que os foliões seguidores do grupo (crianças e adultos), acertassem de vez o passo e a ginga, numa espécie de último ensaio geral para o Carnaval 2023 do Cordão.
A festa ocorre na Esplanada Ferroviária, nos dias 18, sábado e na terça-feira, 21.
No sábado, o bloco mais queridinho de Campo Grande, volta a ocupar as ruas (após dois anos distante da Folia, em razão da Covid-19), com o tradicional cortejo por ruas e avenidas do centro da cidade.
No pré-carnaval do domingo, teve matinê para a criançada, ao som de marchinhas, executadas pela Banda Duu Carnaval. Os pequenos puderam brincar por mais de duas horas de folia. Em seguida, os adultos caíram no samba, nas apresentações de Sarará Kriolo e a cantora Pretah. O sambista-raiz, Edir Valu, também marcou presença, com repertório de sambas tradicionais. Encerrou a noitada, a bateria da Escola de Samba Igrejinha.
E os foliões presentes na Arena do Horto, mostraram que não são “doentes do pé, nem ruim da cabeça”, como aquele célebre samba se refere aos que não são chegados ao ritmo brasileiro mais popular. Ao contrário.
Novo bloco, batizado
Durante o último esquenta do Cordão, Silvana Valu, líder do grupo, se tornou madrinha, ao “batizar” o novo bloco carnavalesco de Campo Grande, o Farofa com Dendê que, no Carnaval deste ano, sairá também na Esplanada, na área da Maria Fumaça. O bloco é oriundo do Movimento Negro Unificado, e tem como mote, a luta contra o racismo.
No mesmo evento, o Coletivo de Mulheres Elas Podem que, neste Carnaval realiza campanha contra o assédio sexual durante a Folia de Momo, esteve presente, e levou a mensagem. O Cordão Valu abraça a campanha. Para Silvana, Carnaval é sinônimo de alegria, é para as pessoas se divertirem. “Então foliões, não, é não! Respeitem as Mimas, as Manas e as Monas”, repetiu um dos lemas da campanha, a líder do Cordão.
Outra novidade no esquenta, foi a presença de um grupo de pesquisadores japoneses, vindo da província de Okinawa, que está em Campo Grande, levantando dados sobre a imigração japonesa. A comunidade nipônica em MS, é uma das maiores do País. Disseram que queriam conhecer o samba. Pela animação que demostraram, aprovaram.